sexta-feira, outubro 27, 2006

PSD a la Medieval

Bernardo de Chartres, autor medieval, escreveu uma expressão célebre: “como anões aos ombros de Gigantes”, podemos ver mais e mais longe.
O PSD tentou aplicar este método ao colocar Marques Mendes na sucessão de Santana Lopes.
O método falhou porque uma das premissas não foi cumprida: Santana Lopes não é um gigante.

Governo põe país na linha


É sabido que, durante esta semana, deram à costa centenas de quilos de cocaína nas praias do Norte do país.
Também nestes últimos dias vimos os nossos ministros e o chefe do Governo várias vezes nessa zona, nomeadamente, – e só para referir o Distrito de Braga – em Guimarães, Famalicão e Braga. A afluência ao Norte foi absolutamente inusitada e surpreendente, provocando reacções de vários géneros.
Ora, todos sabemos que sois factos separados e distintos, com uma mera conexão geográfica, não podem ser assumidos como tendo uma relação causal (causa – efeito), sem que para tal existam provas suficientes. O propósito deste artigo será, precisamente, evidenciar esta conexão.

Para demonstrar a tese de que os nossos ministros são incorrigíveis adictos, faremos uso de diversos e indiscutíveis argumentos. Os dois primeiros serão precisos e metodicamente demonstrados; os quatro seguintes serão tão específicos como indesmentíveis.
a) Na passada segunda-feira, o nosso primeiro-ministro José Sócrates fez uma exposição pública na qual foi conduzido a referir o Rendimento Social de Inserção.
Ao tentar pronunciar esta medida – bandeira do Governo PS, disse “Rendimento Mínimo”, coçou a face, disse “Rendimento de Inserção Social” ( engano !), repetiu…
Enfim, todo um espectáculo degradante e lamentável que fez corar todo o país.
Mas pensemos agora: quem é que, habitualmente, se repete, se coça, pronuncia frases sem sentido, gagueja e tem humilhantes faltas de memória?! O ponto começa, assim, a esclarecer-se, mas prossigamos;
b) Por outro lado, todo o executivo tem, constantemente, faltado à sua palavra, dado o dito por não dito e mentido sem escrúpulos: quanto às SCUTs e ao preço da electricidade, quanto ao emprego e aos impostos, entre muitos outros.
Mais uma vez, perguntemo-nos: quem costuma, frequentemente, ludibriar, enganar, mentir, roubar aqueles que maior confiança lhes depositam? A resposta começa a emergir com clareza, mas não fiquemos por aqui.

Quatro estudos de caso demonstrarão de forma inquestionável a natureza verdadeira desta suspeita.
i) Maria de Lurdes Rodrigues (Ministra da Educação) – A sua pose altiva e de superioridade inefável e intangível parece ser efeito de um consumidor regular de um estupefaciente que provoca subidas exponenciais dos níveis de confiança;
ii) Manuel Pinho (Ministro da Economia) – A sua expressão de sofrimento constante só pode ser explicada pela passagem de uma fase do consumo de ilícitos, caracterizada por dores lancinantes e agonia permanente e insuportável;
iii) Isabel Pires de Lima (Ministra da Cultura) – Quem, em pleno uso das suas capacidades, poderia usar tal penteado?!
iv) José Sócrates (Primeiro - Ministro) – A sua expressão robótica e impassível, o seu tom monocórdico e alienado são a confirmação objectiva deste facto que estava ao alcance de todos, mas ao qual preferimos fechar os olhos.
Desta forma, podemos compreender facilmente a máxima prescrição deste executivo: “é preciso que o país aperte o cinto; que se mantenha na LINHA (!!!)!”

De Deus - que Ele existe


As fontes de fertilidade de D. Duarte Pio parecem ter secado.
Há anos que não tem um filho.

sábado, outubro 21, 2006

Há algo maior do que o qual nada pode ser pensado


O título deste post refere-se a uma expressão descritiva de Deus por Santo Anselmo, num argumento que foi altamente divulgado e usado por autores como Espinosa e Descartes (que o apelidavam de “argumento a priori”), e criticado por Kant (que chamou este argumento de “ontológico”).
Aqui, a discussão não será acerca do próprio argumento, pelo que apenas se dará uma breve ideia daquilo em que consiste: segundo Sto Anselmo, se podemos imaginar “algo maior do que o qual nada pode ser pensado”, então, da possibilidade de ser pensado, pode retirar-se a sua existência. Isto porque, segundo este autor medieval, se esse “algo maior do que o qual nada pode ser pensado” não existisse, então poder-se-ia pensar em algo ainda maior. O argumento foi profundamente abalado pela Crítica de Kant, mas sobre isso não nos iremos pronunciar.
O que acontece, é que Nietzsche, entre muito autores contemporâneos, já proclamou bem alto a “morte de Deus”. Ora, esse “algo maior do que o qual nada pode ser pensado” ficou sem nenhuma referência, isto é, sem nenhuma reportação ao real.
Isto é bem grave, como sabemos – todos os bons ateus – e inaugurou uma novíssima crise de valores que se arrasta até aos nossos dias. Arrasta, ou antes, arrastava, porque os nossos caros governantes acabaram com esse gap da nossa alma.
Na verdade, estão lançadas as bases para uma novíssima tabela de valores. Sim, meus senhores, Deus foi substituído pela contenção da despesa pública! Eis a nova entidade auto-reguladora, a primeira das causas, onde residem os paradigmas do bem, do bom e do belo em si mesmos.
Assim se justificam todos os atropelos, toda a Cruzada que depaupera os povos e os trabalhadores. Mas tudo em nome de “algo maior do que o qual nada pode ser pensado”, a contenção da despesa pública!
Assim, também, se justificam o tom messiânico dos governantes e o seu grave silêncio, próprio dos fiéis guardiães do segredo – “a obscuridade própria da brevidade, protege os fiéis guardiães do segredo”

Sobretudo, casaco ou casacão - artigo inaugural

Tal como se indica no próprio nome do blog, este é um espaço para comentar um pouco de tudo e um pouco de nada - considerações acerca do mundo e da vida, do país e do planeta, do ser e das coisas.
Antes de mais, no próprio artigo inaugural e descritivo deste projecto, há que escrever determinadas palavras e expressões-chave que assegurem a sua divulgação. Aqui vão: bush e che guevara, gajas e car accidents, como preparar uma bomba artesanal e coreia do norte, hi5 e msn.
Conscientes do aproveitamento lamentável e escusado que esta atitude revela, pedimos desde já desculpas ao incauto cibernauta.
Na verdade, este deve ser um trabalho sério e árduo, de aguçada e dura crítica social, sem especulações abusivas ou opinião própria - esse cancro pós-moderno - de qualquer monta.
Estão assim lançados os dados para o maior fenómeno cibernético desde que jpp decidiu curar a sua úlcera através da exposição á radioactividade do seu ecrã plasma.